Quantas Faltas Posso Ter No Trabalho Sem Ser Demitido

No Brasil, ter mais de 5 faltas injustificadas em um ano pode resultar em demissão por justa causa; atenção às regras!


O número de faltas que um funcionário pode ter no trabalho sem ser demitido varia conforme a legislação trabalhista do país, o contrato de trabalho e o regulamento interno da empresa. No Brasil, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não determina um limite fixo de faltas para demissão automática, mas estipula que o empregado deve justificar suas ausências, sob pena de receber advertências e, em casos reiterados, até a demissão por justa causa. Faltas injustificadas e frequentes podem levar à demissão, enquanto faltas justificadas (como atestados médicos) geralmente não geram penalidades diretas.

Este artigo irá detalhar os principais aspectos sobre as faltas no trabalho e seus impactos na relação empregatícia, abordando:

  • Tipos de faltas: justificadas e injustificadas;
  • Legislação vigente (CLT) e suas aplicabilidades;
  • Consequências das faltas injustificadas;
  • Exemplos práticos de tolerância e punições;
  • Recomendações para evitar problemas com faltas.

Além disso, será explicado como o controle de faltas deve ser feito pela empresa, como funciona o abono de faltas e o que caracteriza uma demissão por justa causa relacionada à ausência no trabalho.

Consequências Legais e Contratuais do Excesso de Faltas no Emprego

Quando um trabalhador acumula faltas excessivas sem justificativa, ele pode enfrentar diversas consequências legais e contratuais que vão muito além da simples advertência. É essencial compreender que o acúmulo de ausências pode comprometer não apenas a relação de emprego, mas também os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pelo contrato firmado entre as partes.

Impactos Legais das Faltas Excessivas

De acordo com a CLT, o trabalhador tem direito a até 30 dias consecutivos ou não de afastamento justificado sem prejuízo salarial quando se trata de questões legais específicas, como doença comprovada ou licença maternidade/paternidade. Porém, faltas não justificadas podem levar à:

  • Advertência verbal ou escrita;
  • Suspensão temporária;
  • Demissão por justa causa;
  • Rescisão indireta do contrato;
  • Descontos salariais proporcionais;
  • Perda do direito a benefícios vinculados à assiduidade.

Demissão por Justa Causa: Quando ocorre?

A demissão por justa causa é a penalidade máxima que a empresa pode aplicar quando o excesso de faltas caracteriza um descumprimento grave das obrigações contratuais. Para que isso ocorra, o empregador deve comprovar que as faltas são reiteradas, injustificadas e que houve prejuízo à prestação dos serviços. Exemplos incluem:

  1. Faltas contínuas e não justificadas durante mais de 30 dias;
  2. Ausências intercaladas que prejudiquem o andamento das atividades;
  3. Ignorar notificações e advertências da empresa sobre o problema.

Aspectos Contratuais a Considerar

Além da legislação, o contrato de trabalho e eventuais acordos coletivos podem estabelecer regras específicas sobre faltas. Algumas cláusulas comuns incluem:

  • Limites máximos de faltas justificadas;
  • Procedimentos para apresentação de atestados médicos;
  • Penalidades progressivas;
  • Direitos a banco de horas ou compensações.

É recomendável que o empregado revise seu contrato para entender todas as condições aplicáveis, pois alguns acordos sindicais podem ser mais rígidos ou flexíveis do que a CLT.

Exemplo Prático: Caso Real de Demissão por Faltas Reiteradas

Em 2022, um funcionário de uma grande empresa de telecomunicações foi demitido por justa causa após registrar 20 faltas não justificadas em um período de 3 meses, mesmo após múltiplas advertências escritas. A justiça do trabalho confirmou a demissão, embasada no prejuízo causado à operação e no desrespeito às normas internas da companhia.

Dicas para Evitar Problemas com Faltas

  • Comunique a empresa imediatamente em caso de impossibilidade de comparecimento;
  • Apresente atestados médicos e documentos que justifiquem suas ausências;
  • Conheça seus direitos e deveres no contrato e na legislação;
  • Mantenha um diálogo aberto com o setor de Recursos Humanos.
Comparativo entre Tipos de Faltas e Suas Consequências
Tipo de FaltaJustificadaNão JustificadaConsequências Comuns
Falta PontualSim (ex: atestado médico)NãoDesconto salarial (não justificada), nenhuma ação (justificada)
Faltas FrequentesSim, conforme contratoNãoAdvertências, suspensão, risco de justa causa
Faltas ProlongadasSim, com justificativas legaisNãoIndenização, demissão por abandono de emprego

Perguntas Frequentes

Quantas faltas são permitidas antes da demissão?

Depende da empresa e do contrato, mas faltas reiteradas sem justificativa podem levar à demissão por justa causa.

Posso ser demitido por faltar apenas um dia?

Sim, especialmente se a falta for injustificada e causar prejuízo ao empregador.

Como justificar uma falta no trabalho?

Apresentando atestado médico, comunicação prévia ou outro documento aceito pela empresa.

Faltas justificadas contam para demissão por justa causa?

Não, faltas justificadas, como atestado médico, não geram demissão por justa causa.

O que acontece após 30 faltas no trabalho?

O contrato pode ser rescindido por justa causa, pois o número de faltas é considerado excessivo.

Resumo das Regras Sobre Faltas no Trabalho

  • Faltas justificadas: Apresentação de atestado médico, licença maternidade, entre outros, não acarretam punição.
  • Faltas injustificadas: Podem levar a advertências, suspensões e eventual demissão por justa causa.
  • Prazo para justificar falta: Geralmente 48 horas, mas pode variar conforme a empresa.
  • Demissão por justa causa: Pode ocorrer após faltas reiteradas e injustificadas, conforme art. 482 da CLT.
  • Faltas abonadas: São aquelas que a empresa libera sem descontar o dia, mesmo sem justificativa formal.
  • Consequências legais: O colaborador tem direito a defesa e deve ser notificado antes da demissão por justa causa.

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